Arrisque-se. Vale muito a pena palestrar em outro idioma, diz Anyssa Ferreira

Ela debutou no WordCamp Europa 2020. Em 6 de junho, a organizadora do WordCamp São Paulo Anyssa Ferreira estreou como palestrante internacional na edição europeia da conferência dedicada ao CMS.

Em entrevista ao blog da comunidade WordPress São Paulo (WPSP), a paulistana de 29 anos contou como se tornou palestrante do WordCamp mais badalado do mundo. Ainda durante esse dedo de prosa, a cofundadora do estúdio Haste deu dicas para quem quer ministrar palestras no exterior.

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WPSP – Como se tornou palestrante do WordCamp Europa 2020?
Anyssa Ferreira –
Participei do WCEU 2019. Além de ter adorado, a experiência me ajudou a desmistificar o evento. Vi que as pessoas são tão acessíveis quanto as de outros WordCamps.

Submeti a palestra “Prototyping WordPress projects” para a edição deste ano. Antes do evento presencial ser cancelado, recebi uma resposta positiva.

Anyssa Ferreira, 29 anos, ministrou a palestra “Prototyping WordPress projects” no WCEU 2020/Reprodução

WPSP – Como foi a preparação para a sua palestra?
Anyssa Ferreira –
Inicialmente, eles perguntaram se a minha proposta de palestra poderia se tornar um workshop. Quando cancelaram o evento presencial, eu imaginei que o workshop não aconteceria mais, já que pela internet fica difícil.

Faltando um mês para o WCEU 2020, me perguntaram se eu poderia apresentar uma palestra sobre prototipagem para WordPress.

A partir disso, iniciei a preparação. Usei vários conceitos de Lean UX como referência.

Tentei abordar o assunto respondendo as principais perguntas sobre o tema como, por exemplo, o que é, quais os benefícios, como fazer, etc.

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WPSP – Qual foi o maior desafio?
Anyssa Ferreira –
Com certeza, o idioma. Tive medo. Meu inglês é ok. No entanto, fiquei um pouco intimidada. Afinal das contas, falaria para uma plateia onde a maioria dos espectadores seriam nativos ou fluentes.

Precisei manter a calma e a confiança para falar melhor. Nesse aspecto, duas coisas me ajudaram muito: as anotações nos slides e o treino constante.

Escrevi um roteiro completo com o que falaria. Para não perder nada na tradução, já comecei em inglês. Assim pude revisar a gramática e melhorar o vocabulário.

Usei esse roteiro como base para montar os slides e segui esse texto como guia para a minha apresentação.

Embora não estivesse lendo, sabia que eram aqueles pontos que eu precisava falar e poderia recorrer a eles quando necessário.

Sobre o treino, fui praticando a apresentação e, cada vez, encontrava coisas que poderiam melhorar.

Também contei com a ajuda da norte-americana Erica Varlese. Quando comentei que estava um pouco nervosa, ela se prontificou a me ajudar com o inglês. Fiz uma apresentação-teste para ela, e Erica me incentivou e me deu ótimos feedbacks.

WPSP – Quais dicas você dá para quem quer ministrar palestras em outro idioma?
Anyssa Ferreira –
Primeiro, você não precisa ser fluente para palestrar em outra língua. As pessoas não ligam se você não falar perfeitamente, se errar algumas palavras, gaguejar ou tiver sotaque, o importante é que a mensagem chegue até elas.

Segundo, treine as palavras que você tiver mais dificuldade. Dessa forma, você se sentirá mais confiante.

Por último e o mais importante: arrisque-se. Palestrar em outro idioma vale muito a pena e pode gerar muitas oportunidades.

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A seguir, veja os slides da palestra “Prototyping WordPress projects”, de Anyssa Ferreira, no WordCcamp Europa 2020.

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